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Alta da Selic e inadimplência devem fazer juros de cheque e empréstimo subirem mais
A opinião é do diretor presidente da financeira Lecca, Pedro da Costa Carvalho. Segundo ele, existem dois motivos principais para este provável aumento das taxas de juros.
As taxas de juros do cheque especial e do empréstimo pessoal devem continuar em trajetória de alta e, nos próximos seis meses, podem subir 0,10 ponto percentual, alcançando a marca de 9,57% ao mês e 5,70% a.m., respectivamente.
A opinião é do diretor presidente da financeira Lecca, Pedro da Costa Carvalho. Segundo ele, existem dois motivos principais para este provável aumento das taxas de juros.
“O primeiro é a inflação, que, apesar de ter dado alguns sinais de enfraquecimento, ainda está em tendência de alta. Com isso, o governo deverá continuar elevando a Selic (taxa básica de juro) e isso, por si só, faz com que os bancos aumentem as taxas para o consumidor final”, explica o executivo.
Além disso, de acordo com ele, a inadimplência deve pressionar as taxas de juros para os empréstimos e o cheque especial. “A inadimplência está com uma leve tendência de alta, o que também contribui para o aumento de juros pelas instituições financeiras”, ressalta Carvalho.
Em maio, a taxa de juros média do cheque especial ficou em 9,47% e a do empréstimo, em 5,60%, segundo pesquisa do Procon-SP.
Impacto pequeno
De acordo com o executivo, este possível aumento das taxas é relativamente pequeno e não deve ter um impacto no aumento da inadimplência. Já em relação ao consumo, pode haver uma leve diminuição, em linha com as expectativas do governo.
Para Carvalho, o governo está com uma postura de aumento de juros mais leve e por um período menor de tempo. “Por um lado, isso atrapalha um pouco o controle dos preços. Mas não é uma estratégia leviana e acreditamos que deve dar resultado, sim”, afirma o executivo.
Segundo o executivo, existe uma grande possibilidade de o governo estender o aumento dos juros por mais algum tempo. “O mercado acredita em um aumento de juros ao menos nas próximas duas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária). Vejo boa probabilidade disso se estender até o final do ano”, pontua.
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